4 de junho de 2012

Com destino à...



De repente nos pegamos em latência. Não exatamente sentados, mas aguardando sem pressa. O mar não está pra peixe, mas as ondas têm sido tão deliciosas que você se deixou levar e demorou pra perceber que há muito alguém ocupou o “motor” do seu corpo. E, embora você tenha tomado um susto ao constatar, um bico característico de “tanto faz” se formou em sua face. A felicidade dos últimos dias foi compartilhada com quem estava presente e se não foi notada ausência nenhuma é porque realmente não faltou nada. As noites de sono foram melhores porque você não teve de ficar virando de um lado para o outro remoendo histórias, conversas... Tudo está tranquilo por agora. É uma fase de latência até que alguém/algo saia detrás do arbusto lá no fundo do cenário e te pegue inesperadamente. Nossas preocupações mudaram, a relevância das coisas se inverteu. É arriscado amar. O que vai definir o seu destino é o que importa. Remar contra a maré, ir adiante. Mesmo latente. Mesmo sem motor. Os fantasmas e criaturas que inventaram para minha jornada serão golpeados com miopia. E os seus?

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