De repente nos pegamos em latência. Não exatamente sentados, mas aguardando
sem pressa. O mar não está pra peixe, mas as ondas têm sido tão deliciosas que
você se deixou levar e demorou pra perceber que há muito alguém ocupou o “motor”
do seu corpo. E, embora você tenha tomado um susto ao constatar, um bico
característico de “tanto faz” se formou em sua face. A felicidade dos últimos
dias foi compartilhada com quem estava presente e se não foi notada ausência
nenhuma é porque realmente não faltou nada. As noites de sono foram melhores
porque você não teve de ficar virando de um lado para o outro remoendo
histórias, conversas... Tudo está tranquilo por agora. É uma fase de latência
até que alguém/algo saia detrás do arbusto lá no fundo do cenário e te pegue
inesperadamente. Nossas preocupações mudaram, a relevância das coisas se
inverteu. É arriscado amar. O que vai definir o seu destino é o que importa.
Remar contra a maré, ir adiante. Mesmo latente. Mesmo sem motor. Os fantasmas e
criaturas que inventaram para minha jornada serão golpeados com miopia. E os seus?
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